Um bom jardim precisa de cuidado constante como água, poda e adubo, luz do sol e espaço, certo? Não necessariamente.
Pequeno e pouco carente de cuidados, o terrário é um minijardim montado dentro de um recipiente de vidro em vez de num vaso.
As espécies que vão dentro desse canteiro transparente precisam ser muito pouco regadas. Ou nunca. Isso porque a maioria delas retém água com folhas impermeáveis, como cactus e babosa, ambos chamados de suculentas por serem molhadinhos.
Uma vez que as plantas e musgos estejam no vidro, sobre argila ou terra, é só completar com bonequinhos e miniaturas que deem ao jardim cara de floresta diminuta e os esquecer lá.
Foi pela praticidade que o designer Gustavo Saber, 31, comprou um minijardim para sua sala de estar. “Ele fica em cima da mesa, perto da janela, e não dá nenhum trabalho.”
“Como o terrário precisa de água no máximo a cada duas semanas, ele é prático para solteiros, que não sabem ou não têm tempo para cuidar de plantas”, afirma o arquiteto e paisagista Sulliman Gato Scriboni.
A moda nasceu há cerca de três anos em Manhattan, pedaço de Nova York onde mais de 40% das casas são ocupadas por um único solteiro, diz o censo americano. E chega agora a lares e ao comércio paulistanos.
A loja Amoreira, na zona oeste, vende terrários há cerca de um mês e já teve de pedir reposição duas vezes. “Compram para dar de presente porque dura, não murcha rápido como flores”, diz Cristina Rogozinski, uma das donas. Ali, custam de R$ 50 a R$ 450.
Antônio Jotta, da FLO Atelier Botânico, que fornece para a loja, começou a vender os jardins envidraçados em junho e já produz de 30 a 40 por mês.
Os terrários também podem ser fechados, formando um ecossistema. Nesse caso, a água que evapora cai novamente na terra e dispensa rega. “Mas são necessárias plantas que aguentem a umidade, como avencas. E o vidro embaça, não fica tão bonito”, explica Scriboni.
FONTE: Folha1/ Uol