Aumento do teto do FGTS impacta positivamente mercado imobiliário
O ano efetivamente começou com notícias promissoras para a economia brasileira, de modo especial para o setor da construção civil. Até o dia 31 de dezembro de 2017 o limite máximo para o financiamento de imóveis com utilização do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) é de R$ 1,5 milhão, para todas as regiões do País.
A medida, anunciada pelo Ministério do Planejamento no final do mês de fevereiro, deve injetar R$ 4,9 bilhões na economia brasileira este ano, o que equivale a 0,07% do PIB (Produto Interno Bruto). Esses números pertencem a um estudo conduzido pela Secretaria de Planejamento e Assuntos Estratégicos (Seplan), do Ministério do Planejamento.
Segundo nota oficial divulgada pelo governo, “com a mudança, os mutuários terão acesso não só às taxas de juros aplicáveis ao SFH, em geral mais baixas do que aquelas vinculadas a outros tipos de operações imobiliárias, mas à possibilidade de movimentar os recursos de suas contas vinculadas ao FGTS para pagamento de parte das prestações ou para a amortização dos financiamentos”. O FGTS pode ser utilizado, também, para dar a entrada em um imóvel.
A medida beneficiará principalmente a classe média e proporcionará o crescimento nas vendas dos imóveis estocados, além de estimular o lançamento de novos empreendimentos e a geração de empregos no setor. O aumento do teto do FGTS complementa as demais anunciadas pelo Governo Federal que buscam estimular o setor da construção civil brasileiro, como o anúncio da redução da inflação até o final do ano e mudanças nas regras do Minha Casa Minha Vida, cujo teto dos imóveis passou para R$ 190 mil e o limite de renda subiu para R$ 9 mil.
Ayrton Piccolo, empresário do setor imobiliário