A cortina certa!
Escolher a cortina perfeita não é das tarefas mais fáceis. O tecido errado ou um comprimento inadequado podem comprometer toda a decoração do ambiente, além de interferir na luminosidade e na temperatura.
Confira estas dicas extraídas do portal casa.com.br e acerte na escolha da cortina!
1. Numa parede com várias janelas, deve-se usar apenas uma cortina? Ou cada janela deve ter a sua?
As duas situações são possíveis na opinião dos profissionais. “Se o espaçamento entre as janelas for menor que 1 m, aconselho uma cortina única”, diz Ester Schop, do ateliê Tutti Belli. Para Luciene Franccioli, da Spazio Franccioli, 40 cm de espaço entre as aberturas já justificam peças individuais. O designer de interiores Roberto Negrete prefere várias cortinas, mas não descarta a outra opção: “Quem faz essa escolha deve estar consciente de que poderá ver manchas de sombra na peça durante o dia”.
2. Que modelo de cortina é adequado para janelas duplas ou portas balcão, que abrem para fora e para dentro?
“O ideal é deixar 50 cm de varão a mais em cada lado. Assim consegue-se acomodar o tecido quando as portas estão abertas”, sugere Karin Killingsworth, da Arte Markante. “Rolôs, persianas e cortinas romanas são as opções para quem não dispõe de espaço nas laterais”, diz Lucia Dorsa, da Uniflex. O problema é que essas cortinas quase somem quando fechadas. A designer Marilda também costuma usar brises (cortinas fixadas diretamente nas folhas de vidro).
3. Ambientes visualmente integrados, como sala de jantar e estar, devem ter cortinas iguais?
Nessa questão, os especialistas concordam que as peças precisam se repetir, senão causarão estranhamento. Mas a regra tem flexibilidade: quem não quiser cortinas idênticas opta por diferenças sutis. “Uma possibilidade é usar o mesmo tecido em modelos diferentes. Por exemplo, um com pregas e outro sem”, propõe Karin. Luciene sugere um tecido liso e outro xadrez, com cores iguais, “mas quem estiver inseguro não deve arriscar”.
4. Quando usar forro? Qual sua função? Quais os tecidos mais indicados?
O forro protege a cortina nos locais onde bate muito sol. “Os raios solares desgastam os tecidos. O forro garante a durabilidade e a beleza dos materiais mais sensíveis”, afirma Aline Cremonini, que assina o projeto abaixo – o forro é de xantungue misto, e a cortina, de organza de seda com bordados de algodão. Além disso, evita que as cortinas sujem rapidamente em lugares com muita poeira ou poluição. O tergal verão, o gabardine e o brim são os tecidos mais usados para essa função, porém há quem use blecautes e até persianas. Materiais sintéticos, como o voal, podem dispensar forros, mas a resistência diminui.
5. Cortinas longas devem arrastar no chão? Quantos centímetros devem sobrar?
Essa é uma decisão pessoal. “Tecido sobrando suja, pode ser pisado e acaba rasgando. Além disso, toma espaço”, adverte Luciene Franccioli. A maioria opta por usar cortinas que tocam levemente o piso – “Beijando o chão”, como diz Roberto Negrete. “Quem quer um ambiente mais clássico, e até mesmo mais chique, deve deixar que o tecido arraste. São suficientes 2 cm a mais na altura”, ensina Karin. Segundo Ester, é possível ter até 5 cm de tecido sobrando.
6 . Em que situações é possível usar cortina curta, que não vai até o chão?
Na opinião unânime dos especialistas, cortina curta só em casos excepcionais “Quando há um móvel ou uma bancada embaixo, por exemplo. Isso acontece muito frequentemente nos quartos de bebê, em que os trocadores ficam logo abaixo da janela”, explica Ester. Mas, se esse não for o caso, as cortinas devem ser longas sempre. “É muito mais elegante”, diz a decoradora Renata de Angelis. Roberto Negrete também defende que a peça saia do teto: “É uma maneira de forçar a vista para cima, criando a sensação de pé-direito alto”.
7. Quando usar a cortina do tipo romana, que abre para cima, ou a persiana?
Se houver cadeiras ou mesas próximas da janela, esses modelos são os mais adequados, pois se limitam a fechar a abertura do vão. “Nesses casos, gosto muito de usar a cortina romana: o peso dela evita que fique voando em cima dos móveis, como os modelos tradicionais”, afirma Marilda Brandão. No projeto da arquiteta Cinthia Liberatori (abaixo), fitas costuradas à cortina romana de linho (execução da Arte Markante) permitem amarrar a peça em diversas alturas, deixando à mostra um belo jardim. Os pingentes pendurados conferem um charme extra.